O projeto de extensão e integração comunitária “Atletas do Futuro” é composto por alunos e profissionais da área de fisioterapia e propõe assistência e estudos, para esportistas de diferentes modalidades. Coordenado pelo professor Márcio de Paula, o programa foi criado em 2012 e já realizou quase cinco mil atendimentos. “O importante é educar. É preciso conscientizar sobre as lesões no esporte. Isso tanto para atletas que já vem criando uma carreira, quanto para os que querem ingressar no meio”, explicou o professor.
Na análise feita pelos estudantes, foram levantados dados bem específicos. No período analisado, o projeto realizou 531 atendimentos, contaram com 54 atletas e tiveram o apoio de 30 alunos. Ao analisar as lesões, foi possível identificar os esportes que mais geraram contusões (Artes Marciais 63%; Futebol 11%; Basquete 5%), as partes do corpo mais afetadas (Joelho 50%; Tornozelo 14%; Ombro 11%) e que os traumatismos ocorriam, em grande maioria, nos treinos (72%), época em que os esportistas demandavam mais das capacidades do corpo e por longo tempo.
A média de idade dos favorecidos do projeto varia de 12 a 29 anos. O programa tem como objetivo assessorar os atletas nas questões fisioterapêuticas. Tentar evitar lesões, analisar as condições físicas dos atletas, detectar pontos que estejam sujeitos a contusões, são essas algumas das funções do “Atletas do Futuro”. Para o estudante Raimundo Costa, o trabalho procura as melhores formas de apoiar os pacientes. “Temos que entender quais são as necessidades do atleta. É uma dor aqui ou lá que os deixa preocupados. Muitas vezes o atleta foca tanto no resultado para crescer na carreira que acaba esquecendo que uma lesão pode atrapalhar todo o ciclo”.
Para o professor Márcio de Paula, o grande objetivo é continuar estimulando o estudo e as práticas da área para os alunos, expandir o projeto para outras áreas e formar mais profissionais capacitados. “A pesquisa é a base da excelência. Precisamos fazer pesquisas, discutir, aprender. Com tudo isso, é possível qualificar a equipe e entender melhor o universo do que estamos lidando”.
